domingo, 20 de maio de 2012

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Excelente dica  para você que quer mergulhar no mundo da boa leitura.

sábado, 19 de maio de 2012

Último Pau de Arara

Fagner

A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui

domingo, 29 de abril de 2012

Música: Construção - Chico Buarque - análise

Análise da letra da música  Construção-Chico Buarque  

A letra possui um aspecto narrativo, além de um caráter cíclico e comparativo. As três estrofes são muito semelhantes, em especial as duas primeiras; a diferença básica pode ser atribuída à última palavra de cada verso, sempre uma proparoxítona, que torna o ritmo da música bem marcado e repetitivo.

Os versos “Amou daquela vez como se fosse a última / Beijou sua mulher como se fosse a última / E cada filho seu como se fosse o único / E atravessou a rua com seu passo tímido” demonstram que o sujeito da canção é um homem, pai de família. Existe um grande laço com sua mulher (“como se fosse a última”) e um indicativo de que possui vários filhos (“e cada filho seu”). Uma outra ideia sugerida é que um homem de baixa condição social, devido ao andar tímido, que transparece a submissão aos demais na rua, e também pelo número de filhos, muitas vezes associado à baixa classe social.

O título da canção, bem como a profissão do homem, fica evidenciado pelos próximos versos. Em “Subiu a construção como se fosse máquina”, o desempenho no emprego é comparado a uma máquina, isto sugere que o homem trabalha sem questionar o que faz, apenas está condicionado ao seu trabalho, algo tão comum que o faz automaticamente. Lembrando que a letra foi escrita durante a ditadura militar, algo que nos remete a pensar na submissão forçada: ou faz aquilo que mandam, ou é punido.

“Ergueu no patamar quatro paredes sólidas / Tijolo com tijolo num desenho mágico”, estes dois versos comprovam o emprego do homem, ligado a construção civil, que também reafirma a ideia de sua baixa classe social. Talvez uma das partes mais sentimentais da música está em “Seus olhos embotados de cimento e lágrima”, pois mescla um objeto nem um pouco emotivo, o cimento, com um símbolo da sensibilidade, a lágrima. O interessante desse paradoxo é ver que podem coexistir, nos olhos do trabalhador, a frieza do cimento com a fraqueza das lágrimas, algo que em muito reflete o sofrimento desta condição social: a rigidez imposta com o sentimento oprimido.

Nas passagens “Sentou pra descansar como se fosse sábado / Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe”, fica evidenciado o alívio da hora do descanso. Sábado é o primeiro dia do fim de semana, aquele dia que vem logo após a semana atribulada. Quando o intervalo do serviço é comparado a sábado, a necessidade de descanso é realçada. O ato de almoçar uma comida tão simples, rotineira, como o feijão e arroz, e se sentir um príncipe, indica um gosto muito grande por uma combinação cotidiana, como se não se pudesse escapar desta rotina.

O alcoolismo, muito comum nas camadas inferiores da população, está claramente desenhado em “Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago / Dançou e gargalhou como se ouvisse música”. Além do mais, sabe-se que trabalhadores de construção civil bebem para manter uma força muscular, relacionada ao trabalho braçal.

Em meio a alegria barata proporcionada pela bebida, ocorre um acidente: “E tropeçou no céu como se fosse um bêbado / E flutou no ar como se fosse um pássaro / E se acabou no chão feito um pacote flácido”. Destes versos podemos retirar que o homem trabalha em um prédio alto, tão alto que tropeçar de lá é quase como tropeçar do céu. A comparação com um bêbado é tanto por ter ingerido álcool anteriormente quanto pelo andar trôpego e descuidado dos embriagados. Ao tropeçar, começa a cair e choca-se ao chão, num impacto tão forte que seu corpo parece flácido.

Após a queda, “Agonizou no meio do passeio público”, isto é, os últimos momentos de vida daquele homem. E para fechar: “Morreu na contramão atrapalhando o tráfego”. O último verso mostra a indiferença da morte daquele cidadão. Ao cair do prédio e estatelar-se no chão, a única preocupação que ocorre, por parte do público que ali estava, foi em relação ao trânsito, como se qualquer objeto tivesse caído, e não um pai de família. A contradição existente é que, dentro de casa, o homem é o líder, mas na rua é um sujeito qualquer, um parafuso da engrenagem capitalista, no caso, da construção de imóveis que vão servir luxuosamente a outras pessoas.

As outras estrofes apenas repetem a história, causando certas confusões, como em “Ergueu no patamar quatro paredes flácidas”. Logicamente, daria para estender muito mais a análise das duas últimas estrofes, mas vou me ater apenas alguns trechos. A indiferença do homem é realçada em “Morreu na contramão atrapalhando o público” e, melhor ainda, em uma das melhores partes da letra: “Morreu na contramão atrapalhando o sábado”.

Foi uma jogada muito inteligente com o “atrapalhando o sábado”, porque é como se o descanso do público tivesse sido interrompida pela morte do trabalhador. Enquanto ele estava erguendo paredes, o público passeava; na hora em que se acidentou e morreu, incomodou os outros.

As estrofes começam com “amou” e terminam com “morreu”, outra antítese muito interessante da letra que destaca a narrativa, onde as coisas começam bem e, de uma maneira ou de outra, terminam num fim. Neste caso, o fim é sua própria morte, deixando para trás o seu lar, onde sua posição como líder era muito importante; deixa de lado também seu trabalho, onde era insignificante.

No arranjo da música, percebe-se que a última estrofe é cantada de um modo mais acelerado, com sons vindo de todos os lados. Este efeito gera uma confusão, um desnorteamento que ilustra a vida sem rumo daquele trabalhador. A repetição do mesmo alicerce das estrofes mostra que esta rotina é comum, acontecendo com vários trabalhadores por aí, todos invisíveis à sociedade.

Letra da Música de Herbert Viana

A Lua Que Eu Te Dei

Compositor: Herbert Viana

Posso te falar dos sonhos, das flores...
de como a cidade mudou...
Posso te falar do medo, do meu desejo...
do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver no céu a Lua
Que um dia eu te dei

Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo, de me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das 6
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua a Lua que eu te dei
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor

(lalaralarara....Ohhhhhhh)

Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver no céu a Lua
Que um dia eu te dei
Pra brilhar
Por onde você for
Me queira bem
Durma bem

Meu AMOOORRR

Durma bem
Me queira bem
Meu Amor

A lua que eu te dei...
A lua que eu te dei...

Tipos de textos dissertativos


 Texto Dissertativo-expositivo

        O texto dissertativo, como seu próprio nome já sugere, é usado para dissertar, discorrer ou expor ideias sobre um assunto específico. Não existem regras de quantidades de linhas para essa tipologia textual. O que existe são critérios de seleção adotados por instituições de processos seletivos. A estrutura básica de um texto dissertativo é: Introdução (apresentação do tema/assunto proposto); desenvolvimento (detalhamento, discussão ou exposição de aspectos do assunto/tema) e Conclusão (consideração final sobre o tema/assunto proposto e discutido).

           Brasil deve anunciar metas internas de redução das emissões

A menos de um mês da realização da conferência de cúpula da ONU que tentará construir uma agenda comum para a segunda fase do Protocolo de Quioto (pós-2012), o Brasil sinaliza que poderá assumir uma nova postura no cenário multilateral de discussões sobre o aquecimento global. O governo brasileiro continua determinado a não assumir metas obrigatórias de corte para suas emissões de gases provocadores do efeito estufa, mas a novidade na reunião que acontecerá em Bali (Indonésia) entre os dias 3 e 14 de dezembro poderá ser o anúncio de metas internas voluntárias de redução.

Esse quadro começou a se desenhar na quarta-feira (21), durante a reunião em Brasília do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, quando foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de que o governo estabeleça internamente metas de redução do desmatamento e das queimadas como forma de diminuir suas emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. A ideia, que conta com a simpatia de Lula, é aproveitar o bom momento provocado por três anos consecutivos de queda no desmatamento da Amazônia para anunciar metas internas em Bali e mostrar ao mundo que o Brasil está fazendo a sua parte no enfrentamento das mudanças climáticas.

Na visão do governo, ao assumir metas internas contra o desmatamento e as queimadas, responsáveis por cerca de 75% de suas emissões, o Brasil terá maior capital político para reapresentar em Bali a proposta. Inicialmente rechaçada pelos países ricos, essa proposta consiste em que os países em desenvolvimento recebam incentivos econômicos pelo desmatamento evitado.

Como prova do “dever de casa” bem feito, o governo vai anunciar oficialmente dias antes do evento na Indonésia os dados relativos ao desmatamento no período entre julho de 2006 e junho de 2007. Estes indicarão a terceira redução anual consecutiva e o menor índice de desflorestamento da Amazônia já registrado desde que essa medição começou a ser feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 1998. 

“O principal ponto da proposta apresentada ao presidente Lula é o combate ao desmatamento. O governo sabe que tem que priorizar isso e acreditamos que seja possível estabelecer metas já para 2008”, disse Luiz Pinguelli Rosa, que é secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Também presente à reunião, o ministro interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, se manifestou favoravelmente à adoção de metas internas: “O Brasil pode internamente definir políticas estratégicas e até objetivos quantificáveis para estimular a redução do desmatamento e, conseqüentemente, a redução das emissões”, disse.

Obs: É importante que você não escreva um texto somente para cumprir uma obrigação de um processo seletivo. Independente da temática proposta, procure internalizar e desenvolver uma discussão dentro de si.Viva o texto nem que seja por algum minutos. É isto que vai conferir a qualidade de conteúdo do seu texto. Deixe que o texto brote de sua mente, não da sua mão.